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21 dezembro, 2012

Devaneio


Esquecendo-se dos títulos, dos papeis,
Da moral, dos bons costumes, da vida,
Da morte, dos sonhos, desejos, passeios,
E seus anseios. Acordada, lembra-se:

De tudo o que invadiu a sua alma e
Deixou-lhe sem nada, quase intacta
Fica com os seus medos, desejos
E remorso. Aposta numa virada.

Cansada, dividida, repartida pensando
Em uma saída que outrora fora mais
Simples, fácil e concreta, hoje ela
Está mais discreta e incerta. Aberta.

Abre seu peito, pensa em sentir o seu
Cheiro que lhe causou suspiros. Mas hoje
É só mais um devaneio que há de se
Findar nesta noite quando tudo terminar.

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19 dezembro, 2012


Enquanto eu puder sonhar, ei de fantasiar.
Enquanto eu puder respirar, ei de viver.
Enquanto eu puder imaginar, ei de escrever sobre tudo o que me faz recorda de "você" (?)


[/db']

14 dezembro, 2012

Impostor


Sobre um falso herói que acabara de conhecer
Ela tentará escrever. Seus doces olhos negros
Supostamente puros, tenta embriagar seu ser
Nas lembranças que fantasiou viver.

Seus lábios com uma cor clara, sua pele alva.
Sua recordação mais clara de tudo o que amou
E sonhou. Esquece, pois nada vivenciou. Acordada
De um sonho lucido, escreve sobre o seu devaneio.
Pensa que se desejar, real quem sabe possa se tornar.

[/db']


07 dezembro, 2012

Homenagem


Em um dia de primavera, quase verão
Ouço a voz do meu coração. Pressinto sua
Partida. Deixo a emoção tomar conta do meu
Ser. De ti não nunca ei de esquecer.

Meus sonhos, meus desejos, meus anseios
Não poderás mais visualizar. (Será? Surge
Uma interrogação dentro da minh’alma).
De ti só as boas lembranças ão de ficar.

Seu sorriso, o mais belo, doce e encantador,
Sua fala, suas vestes, seus tre-jeitos
Cravados dentro do meu ser está.
Contigo um pedaço de mim irás levar.

05 dezembro, 2012

FIM.


A árvore lhe trás inspiração.
Fonte de vida e aspiração.
Sonhos lúcidos e mórbidos,
Translúcidos e sórdidos.

Seus maiores pesadelos não
Lhe caberão, pois a vida é tão
Doce e marga, não diria agridoce,
Sendo assim uma fantasia desarmada.

Sem amor, cor, rima ou poesia
Sua vida se finda, não há mais
Nada para se lamentar ou se
Quer chorar.

Lágrimas não rolaram. Cantos
Não entoarão-se, desperdício de
Uma paixão em vão. Nada mais os
Amantes clamarão.